04/09/2014

Sexo Urbano. Lançamento. 1988

1988. Lançamento do livro Sexo Urbano. O filme está editado porque era muito longo. Sinto falta dos que já se foram: minhã mãe (de blaser e brinco brancos), minhas tias Didi (loura de branco), e Helena, a Madinha, de casaco vermelho e de olho na venda dos livros. Com todas as dificuldades que as famílias têm, e que não são poucas, sempre estiveram do meu lado na travessia poética, quando eu era dura e famosa, no final da década de oitenta. Telefonavam para toda minha agenda, convidando, subscritavam convites, vigiavam a venda de livros (Madinha!), me incentivavam e estavam sempre ao meu lado. Minha irmã, que nem preciso dizer como estava vestida porque é a minha cara, Nora Bernardes, seu namorado Beto, Cleber, o namorado da minha mãe, quanta gente foi embora.
Mas minha filha me empurra pra frente, Maíra Martins, na época com oito aninhos, hoje é meu anjo, cuida de mim, alegra minha vida.
Minha professora de dança afro que jamais esquecerei, Rose Domingues. Lembro que na última aula (ela foi embora do Brasil), eu dancei escondendo as lágrimas. E o Malaguti filmou!! Mais que dança, era uma comunhão com o Cosmos.
Meu terapeuta na época, Jorge Gomes, e meus amigos, muitos, alguns seguem comigo, outros não vejo, mas graças ao Facebook não nos perdemos de vista, continuamos interagindo, como Anna Maria FernandesAna Maria Mattos Ana Richard , minhas Anas. Não vou marcar todo mundo porque tem gente que não gosta. Mas quem esteve lá vai se encontrar no vídeo, e lembrar de bons tempos. Arturo Spadale , Adelia Sampaio, minha diretora teatral dos recitais. Maria Stella Ribeiro Coimbra , minha cunhada eterna.
E como fumávamos! Como é tudo uma questão de cultura!
Depois deste dia, fizemos uma repescagem...rs..em outro bar, onde falei a crônica Amizade Dolorida, e os contos Loreni e A Menina do Pentelho Azul.
Dolorosas e encantadoras, estas visitas ao passado. Lágrimas têm rolado nesse baú de filmes aberto. Não de tristeza, de saudade de pessoas que amo, e maravilhada e agradecida à tecnologia que me permite revê-las, alegre, comigo celebrando a Vida.
E os que ainda estão neste planeta, como eu e vc que está lendo...Revejo meu sogrão José Sá Martins e Maria, tão elegantes, como sempre foram (Não é, Maria Teresa Sa Martins?)
Marco meus sobrinhos João Luca Horta Mira Barros Talles Machado Horta , meu afilhado e irmão da minha filha, o Julian Stenzel Martins , a filha da Nora,Nereide Bernardes , que sei que vai gostar de rever sua mãe tão bem e alegre na companhia de amigos.
Só me resta lembrar que naquele tempo filmar era um privilégio de poucos. Tive este privilégio e estou fazendo jus. Trazendo o passado de volta e, quem sabe, um Grande Encontro, uma festa, na minha travessia para os sessenta, de mãos dadas com minha filha, meus ex-amores e meus amigos.
Quem sabe não fazemos um festão?
Celebrando a vida, a amizade, a poesia, e as novas tecnologias, que nos dão livre arbítrio para usá-las como bem entendermos. AMO o Facebook porque ele me aproxima das pessoas, me diverte e EU POSSO PUBLICAR o que quiser, sem ter que ficar mendigando espaço nas Cartas dos Leitores ou nos infernais tijolinhos.
Carlos Alberto Lins de Mello Jorge Sá Martins , Nestor Capoeira estão no filme, embora eu não tenha achado depois. Amanhã acordo e edito, reviso.
Luiz A Oliveira Luiz Flavio Tournillon Alcofra (que me acompanhava com o violão nos recitais).E Luiz Sergio Lima e Silva, com quem dividi o palco, com muita honra.
Meus Luízes, sempre presentes nos recitais e lançamentos daquele tempo.
Vou postando as pérolas deste minucioso garimpo no blogwww.mineirademinas.blogspot.com
Shirley Menezes, que não pôde estar presente, mas é minha referência familiar dos Menezes, comoa Sheila de Menezes e sua filha fofas Bianca Franzosi Isabela Franzosi e Heloisa Franzosi, o legado que nos deixou minha Madinha Helena, mãe da Sheila.
E ainda, por fim, os amigos que já conhecia de outra vida, Nil Neves e Pablo Menezes ,mas eram crianças nesta época, ainda que o Pablo se lembre até de coisas que aconteceram antes dele nascer , como o Cine Veneza, o pier de Ipanema e outras modas, e o Marcio Nobrega, meu sócio e amigo, que não foi ao lançamento porque ainda não havia nascido senão, tenho certeza de que não faltaria.
Até o próximo filme. Bj. GH




Continuação. Segunda parte: repescagem

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